sábado, 27 de dezembro de 2008

Construindo Carol

Adoraria atribuir a frase a alguém, em busca de algum crédito, mas o digo eu mesmo: aquele que tem para si janelas não se pode ter sozinho. Olha, a menina descendo a rua, a imensa rua, cara e coração dessa cidade. Subiu as escadas da Gazeta e espera. Agora, não mais sozinha.

Cara, poderia dizer o que diz, só acompanhando essas mãozinhas frenéticas. Nervosa, há de estar nervosa. Nervosa e sem bolsos. Loira. Vestido solto que combinaria melhor com um ambiente que não este. Conheço poucos além deste, sou de pouca ajuda. O moço usa menos palavras. Usa menos mãos.

Quem serão? Digo eu quem ela é: Uma mocinha infeliz, fumante de cigarros pretos, com hábitos notívagos e freqüentadora assídua dessas escadarias. Seus acompanhantes, individualmente menos assíduos. Variados. Seu nome? Carol é um belo nome, batizo-a Carol. Carol é bi, fumante, insone e inquieta. Carol é comunista ou consumista de moda que o é. Veste camisas.

Vê, menina? Te conheço e tu nem sabes que existo.

2 comentários:

Anônimo disse...

De repente sinto...sinto que vou escrever uma coisa no blog.
A senha é a que vc já sabe.

Anônimo disse...

Só pra dizer que sou um leitor não comentarista dessas linhas lindas q vc escreve.