quarta-feira, 11 de março de 2009

Love

..I want something to live for

Once upon a time, num mangue de quentes águas placentárias, brotou uma flor. Uma flor que carregava em si beleza e feiúra em iguais proporções. Os que passavem ora enxergavam a beleza, ora a feiúra. De longe nunca enxergaram ambas. Até que um dia, pela condição de flor atraído, aproximou-se um carangueijo. Aproximou-se e soube que gostou antes de sabê-la bela. Aproximou-se. Sabiam-se diferentes, sabiam-se belos e feios por condição e opção e amaram-se.

O fruto do amor, porquinhos com cinco dedos.

I've got something to live for, I've got something to live with...
Havia choro. Havia dor. Havia uma mão nodosa em cima da sua. A sua, inquieta. Discutiam o fim. Talvez o criassem. A dúvida se sustentava só pelo que estava por vir. Porvir em sonho, mas:
-Sonhos não devem sustentar o presente. Devem ser sustentados por ele.
 
Acordou do Pesadelo. Disse-lhe o sonho, exaltado:
-Intriga da oposição!

Dance, Ballerina, dance!

Quadris.
Pés, pirouettes.
Braços.
Espasmódicos.
Incessantes.

Nossa valsa tomou a noite,
Nossa morte, amanheceu o dia.